Como se sente, agora que este formidável blogue foi encerrado?

14/02/08

«Portugês»: umas breves achegas.

Voçê, dame [a tua camisola], vêrde, – escreve-se pior agora que antes?, será mesquinhice andar a catar erros em tudo quanto é sítio público?, qual a importância de escrever bem, sem erros ortográficos e gramaticais?, que dizer de medidas governamentais como aquela que, no ano transacto, ditou que os erros ortográficos e gramaticais não fossem contabilizados nas provas nacionais de Língua portuguesa de 6.º ano?, etc., etc.
Os quatro exemplos que citei para ilustrar estas breves palavras (as quais, por sua vez, servem para emoldurar as fotografias que se seguem) foram retirados de, respectivamente: novela da tvi, poster de fã de Cristiano Ronaldo, série estrangeira da tvi.
Milhentos mais e doutros tipos poderiam ser trazidos à baila, infeliz e comicamente: a translineação nos jornais de referência, os seus des-envolvimento ou can-hoto; os melhor conseguido ou melhor desenvolvido dos comentadores da televisão e da rádio; etc., etc.
Está em vias de entrar em vigor um novo Acordo ortográfico – qual a lógica disto de língua por decreto?, um português sente dificuldades ao ler Jorge Amado ou Mia Couto ou outros que tais? ou perde alguma coisa nisso?, que adianta, afinal, normalizar esta matéria?, etc., etc.
O Português é língua de números grandes: quinta (ou sexta?) mais falada a nível planetar, terceira european world language, “à frente” do Francês (“atrás” do Espanhol e do Inglês) – isto é sinónimo de grandiosidade? motivo de orgulho? pano de fundo para comemorações várias?, isto é uma ferida aberta pela barbárie colonialista? uma tatuagem da perfídia doutros tempos?, o dito Português do Brasil tem secundarizado o dito Português de Portugal?, etc., etc.
Etc., etc.
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Portalegre, «recepçáo, pá»

Algueirão, «kando se gosta nã se quê?»

Cartaxo, «melacia».

Santa Margarida da Coutada, «que enrrascada»

Vila de Rei, «ah suas, excelências»

Armação de Pêra, «propriatários»
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Armação de Pêra, «... português é com o Lobo Antunes»

ou «ok, mas bebam menos»
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Pavia, «o gasól tá mai barato acolá no Jequim»

Lisboa, «Abril sempre, facismo nunca mais»

Lisboa, «espero que ningém se desconcentre do conteúdo»

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